Meditação - Comentário de São Bernardo
Maria é bem-aventurada, como lhe diz sua prima Isabel, não apenas porque Deus a olhou, mas porque Ela acreditou. A sua fé é o mais belo produto da bondade divina. Mas foi necessário que a arte inefável do Espírito Santo poisasse sobre Ela, para que tanta grandeza de alma se unisse a tão grande humildade no segredo do seu coração virginal. A humildade e a grandeza de alma de Maria são, como a sua virgindade e a sua fecundidade, semelhantes a duas estrelas que se iluminam mutuamente, porque em Maria a profundidade da humildade em nada prejudica a generosidade da alma, e reciprocamente. Julgando-se a si mesma de forma tão humilde, Maria nem por isso foi menos generosa na sua fé na promessa que lhe tinha sido feita pelo anjo. Ela que apenas se considerava uma pobre serva, não duvidou de que tivesse sido chamada a este mistério incompreensível, a esta união prodigiosa, a este segredo insondável. E acreditou imediatamente que se tornaria de facto a Mãe de Deus encarnado.
É a graça de Deus que produz esta maravilha no coração dos eleitos; a humildade não os torna receosos e timoratos, como a generosidade de alma os não torna orgulhosos. Pelo contrário, nos santos, estas duas virtudes reforçam-se uma à outra. A grandeza de alma, não só não abre a porta ao orgulho, como é sobretudo ela que permite avançar no mistério da humildade. Com efeito, os mais generosos ao serviço de Deus são também os mais penetrados pelo temor do Senhor e os mais reconhecidos pelos dons recebidos. Reciprocamente, quando está em jogo a humildade, cobardia alguma se insinua na alma. Quanto menos tem o hábito de presumir das suas próprias forças, mesmo nas coisas mais pequenas, mais a pessoa se confia ao poder de Deus, mesmo nas maiores.
Roma - O papa Francisco pediu nesta domingo aos integrantes da Renovação Carismática Católica (RCC) que sejam adoradores de Deus, mas não seus 'controladores', durante a da festa de 37 anos do movimento na Itália, realizado no Estádio Olímpico de Roma.
'Cuidado para não perder a liberdade que o Espírito Santo nos doou. O perigo para a Renovação é a da excessiva organização. Sim, ela é necessária. Mas não percam a graça de deixar Deus ser Deus. Não há graça maior que deixar-se guiar pelo Espírito Santo', advertiu.
Trata-se da primeira vez que um pontífice assiste à cúpula anual do movimento que habitualmente acontece em Rimini, no norte da Itália, mas que desta vez foi transferida para Roma para poder contar com a presença de Francisco.
O papa chegou ao estádio às 16h50 (horário local) (11h50, em Brasília), e foi recebido com o hino 'Hosana' por mais d 50 mil pessoas, segundo os organizadores.
Durante o ato, que durou uma hora, o papa reconheceu que, inicialmente, não era simpático a RCC, mas que, ao conhecer a atividade, se deu conta de que 'amavam a Igreja'.
O discurso do pontífice foi marcado por conselhos e recomendações constantes ao grupo.
'Espero de vocês uma evangelização com a palavra de Deus que anuncia que Jesus está vivo e ama todos os homens', disse.
Desde o começo do dia, o público esperava a chegada do bispo de Roma, intercalando rezas, canções e danças. Entre hoje e amanhã, o movimento celebra o que classifica de cúpula para a reflexão da renovação da Igreja.
'É uma emoção incrível. Estamos esperando que o papa se encontre com a Renovação já tem 47 anos', afirmou à Agência Efe uma das fiéis presentes no ato.
A RCC é um movimento da Igreja Católica que nasceu em um retiro de 30 estudantes e vários professores da Universidade de Duquesne, na Pensilvânia (Estados Unidos), em 1967, e se propagou com rapidez pelo país e pela América Latina.
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